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sábado, 1 de junho de 2013

Ternura

"Judas viajava com Jesus e os outros apóstolos. De repente Judas pergunta a Jesus:
- Senhor, porque os demais amigos não gostam de mim? Por que apresentam determinadas mágoas? Jesus olhou para o companheiro, triste, e silenciou. Continuaram andando.
Fazia muito sol e a poeira da estrada levantava com a brisa morna quando, de repente, à sombra de uma árvore, viram um poço cuja água vinha cristalina até a borda. Judas que estava muito atormentado, correu, dobrou-se sobre o poço, bateu as mãos e começou a refrescar-se.
À medida que ele se refrescava, as ondas sucessivas iam até o fundo e levantavam lodo.
Minutos após a água estava toldada.
Quando os companheiros chegaram com Jesus, ele disse:
- Ah! Senhor! Desculpe-me. Olha o que fiz! - Jesus sorriu melancólico e disse:
- Pois é, Judas. Há poucos instantes me perguntastes por que os companheiros não são muito simpáticos contigo e às vezes são agressivos. Neste poço, tu tens a resposta. Todo poço de água cristalina tem água no fundo. Todo mundo tem no coração um pouco de sujidade. Quando nos acercamos de alguém, devemos tratar esse alguém com muita ternura, para não lhe revolver a lama que está dentro. Se tu sorvesse a água com delicadeza, todos poderíamos beneficiar-nos, mas tua precipitação fez com que a água movimentasse a sujeira que estava em repouso e que ela viesse à tona." Conversando com Divaldo Pereira Franco II

     Em nosso egoísmo nato, mergulhados nas preocupações com o nosso eu, esquecemos, deixamos de lado o amor ao próximo, deixamos de nos preocuparmos com o próximo.

     Falta-nos empatia, a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, compreender suas necessidades, sentimentos e angústias, dores, imperfeições.

     Procuremos compreender os ensinamentos do Mestre Amigo que sabia compreender sem julgar, aceitar e amparar.Tratemos a todos com ternura e compreensão, pois somos todos ainda errantes no caminho da perfeição.

      Trazemos no âmago de nós o melhor e o pior que podemos ser, mostremos o nosso melhor ao próximo, procurando despertar nele o que há em si de melhor também.

     O Mestre a todos tratava com ternura, mesmo frente aos algozes teve um gesto e uma palavra de amizade e compreensão. Se ainda não pudermos exercitar a ternura por aqueles que não nos querem bem, o façamos com os que dividem conosco o dia-a-dia. Inundemos de ternura as palavras e os gestos entre aqueles que dividem conosco o lar.

     Com algumas doses de ternura toda convivência se torna mais amena, suave, feliz.

     "A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranquilidade, querer com mais doçura." Lya Luft