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sábado, 18 de maio de 2013

Concessões


Exposição baseada no capítulo 'Concessões' do Livro da Esperança, espírito Emmanuel psicografia de Chico Xavier.
No dicionário concessão significa ato ou efeito de conceder, licença, permissão;  cedência de regalias.

Se pararmos para pensar no que é concessão: uma licença, uma permissão, um empréstimo, um ato de confiança, de alguém que acredita em nós e que por isso nos concede algo, nos concede uma oportunidade, uma nova oportunidade...

Qual a maior concessão que recebemos? A vida, a oportunidade de uma nova encarnação, um ato de confiança do Criador na nossa capacidade de crescermos, de evoluirmos e de nos melhorarmos.

E o que temos feito dessa concessão de que fomos agraciados? O que temos feito das nossas vidas, dessa nova oportunidade de nos melhorarmos?

Se analisarmos as 24 horas de nosso dia verificaremos que passamos: 8 horas dormindo, 8 horas trabalhando, 4 horas estudando e outras 4 horas em outras atividades como lazer, família, etc.

Se analisarmos a hipótese de que viveremos 80 anos, isso significa que, passaremos: 30 anos dormindo, 30 anos trabalhando, 10 anos estudando e 10 anos em outras atividades.

Sabemos o quão necessário é o nosso repouso e nosso trabalho para que possamos viver na Terra e mantermos nossa família com o mínimo de conforto necessário. Sabemos também da importância do estudo, tudo aquilo que aprendemos levaremos conosco gravado em nosso espírito, devemos estar sempre aprendendo coisas novas, mantendo nosso cérebro ativo.

E as demais atividades que executamos por 10 anos de nossas vidas, como as estamos utilizando? Para estar com a família ou desperdiçando na frente da televisão? Para visitar um amigo enfermo ou estender à mão ao necessitado ou na conversa frívola sobre a vida alheia? Pra nos reconciliar com o desafeto ou para estimular ainda mais nossas desavenças? Para a festa regada a alcoólicos ou para nos engajarmos na tarefa do bem em alguma instituição?

Em diversos livros da literatura espírita e, principalmente em o Céu e o Inferno, um dos cinco livros da codificação espírita, podemos encontrar vários depoimentos de espíritos que se dizem infelizes e lamentam o tempo perdido em suas existências.

Emmanuel nos diz que a maior vergonha para o espírito desencarnado, quando retorna ao plano espiritual, consiste na tarefa não cumprida e nas tendências negativas não dominadas.

No livro da Esperança Emmanuel nos diz que “um empréstimo fala sempre da generosidade do credor que concede, mas revela igualmente, na contabilidade da vida, o bem ou o mal que se faz com ele.”

Quando reencarnamos recebemos o auxilio de benfeitores espirituais que nos auxiliaram na nossa programação e que acreditaram nas nossas promessas de esforço e melhora. Como será que nos apresentaremos frente a eles? De nada nos acusará a nossa consciência? Será que estamos empreendendo todo o esforço possível para não nos sentirmos envergonhados frente a estes espíritos amigos?

No livro Técnica de Viver Waldo Vieira no fala que “requisitamos ofícios de pai, mãe, esposa, filho, filha, irmão e irmã e tarefas múltiplas tituladas diversamente no quadro das missões de natureza moral. Recebidas as concessões, quando já nos achamos na oficina do mundo, não raro, ei-nos à caça de fuga, incapazes de aceitar o trabalho que nos pertence.”

Quantas vezes nos pegamos a lamentar o filho rebelde, o relacionamento difícil com este ou aquele familiar, as dificuldades financeiras ou no trabalho, esquecemos que tudo o que hoje colhemos foi plantado por nossas próprias mãos no passado e no plano espiritual escolhemos enfrentar esse percalços para evoluirmos e resgatarmos nossos erros.

Forni no livro Enquanto Temos Tempo nos aconselha: “Tudo na vida é uma questão de prioridade. Se não priorizamos as aquisições do espírito imortal, sempre estaremos a adiar tais conquistas.”

Analisemos quais são as nossas prioridades, o que estamos valorizando nesta vida, estaremos dando o devido valor ás conquistas do nosso espírito, trabalhando no bem, não apenas no nosso  próprio bem, mas no daqueles que caminham ao nosso lado?

Repensemos nossas prioridades, os verdadeiros valores, os do espírito, todo o bem que pudermos fazer contarão em nossa consciência, em nosso retorno à verdadeira Pátria a espiritual.

No ESE cap II item 8 temos o depoimento de um espírito sobre a sua dor ao chegar ao plano espiritual e perceber o tempo perdido, interessante se pudermos depois chegar em nossas casas e ler esse trecho do evangelho do qual vamos tirar apenas um pequeno trecho onde ele nos diz o seguinte:

Para se preparar um lugar neste reino (o dos céus), é preciso a abnegação, a humildade, a caridade em toda a sua prática celeste, a benevolência para com todos; não se nos pergunta o que fostes, que posição ocupastes, mas o bem que haveis feito, as lágrimas que enxugastes.

Para finalizarmos trouxemos uma pequena mensagem para refletirmos:

“Não prefira o mais tarde ao agora no exercício do dever.
Entre a doação que você poderá fazer depois e o bem que pode fazer neste momento, há um espaço infinito que, talvez, você não preencha.
Não confie em que a desencarnação lhe oferecerá asas para grandes voos da caridade no céu do espírito.
Quem não se acostumou a caminhar no auxílio jamais planará no benefício.
Não requeira para o futuro os compromissos do presente.”

quarta-feira, 15 de maio de 2013

À sombra do abacateiro...

À sombra do abacateiro em 11 de setembro de 1982 falando sobre a lição do jugo leve, Chico Xavier contou o seguinte diálogo entre um pastor de ovelhas e um aprendiz, lição que vale a pena recordar sempre:

"-Se uma ovelha cair na fossa, o que você fará?
O pastor respondeu: - Eu a tiro e carrego.
- Mas e se a ovelha se machucar, se estiver ferida? - tornou o aprendiz.
- Eu a curo e, mesmo se estiver sangrando, eu a carrego - retrucou o pastor.
O aprendiz pensou demoradamente e indagou, por fim:
- Mas e se a ovelha fugir para muito longe, léguas e léguas?
O pastor, zeloso e experimentado, fitando o grande rebanho que pastava no vale, respondeu: - Eu não posso ir atrás, porque eu não posso deixar todo o rebanho por causa de uma rebelde... Eu mando o cão buscá-la..."
E Chico concluiu: "A mesma coisa faz o Cristo, diante de nós, quando nos afastamos do caminho certo, léguas e léguas. Ele não vai atrás, mas vai o cão, que é o sofrimento...!"