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sexta-feira, 8 de junho de 2012

Refúgio dos Aflitos

   Ontem no grupo de estudos lemos um dos trechos mais lindos que já li até hoje sobre prece. É do livro "Depois da Morte" de Leon Denis. Decidi transcrever e compartilhá-lo com os amigos leitores. Quem tiver interesse em continuar a leitura está no capítulo LI do livro supracitado:

   "A prece deve ser uma expansão íntima da alma para com Deus, um colóquio solitário, uma meditação sempre útil, muitas vezes fecunda. É, por excelência, o refúgio dos aflitos, dos corações magoados. Nas horas de acabrunhamento, de pesar íntimo e de desespero, quem não achou na prece a calma, o reconforto e o alívio de seus males? Um diálogo misterioso se estabelece entre a alma sofredora e a potência evocada. A alma expõe suas angústias, seus desânimos; implora socorro, apoio, indulgência. E então, no santuário da consciência, uma voz secreta responde: é a voz daquele donde dimana toda a força para as lutas deste mundo, todo o bálsamo para nossas feridas, toda a luz para as nossas incertezas. E essa voz consola, reanima, persuade; traz-nos a coragem, a submissão, a resignação estoicas. E, então, erguemo-nos menos tristes, menos atormentados; um raio de sol divino luziu em nossa alma, fez despontar nela a esperança."

   Belas palavras estas, conseguem definir o indefinível, tocam fundo nossos sentimentos!!

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Juízes da Consciência Alheia

   "Por que vedes um argueiro no olho do vosso irmão, vós que não vedes uma trave no vosso olho? Ou como dizeis ao vosso irmão: Deixai-me tirar o argueiro do vosso olho, vós que tendes uma trave no vosso? Hipócritas, tirai primeiramente a trave do vosso olho, e então vereis como podereis tirar o argueiro do olho do vosso irmão." ESE Cap. X item 9

   Somos hábeis e implacáveis juízes da consciência alheia. . Apontamos sem dificuldades e com riqueza de detalhes o defeito, o erro, o ponto negativo do outro. E sabemos exatamente o que o outro deveria fazer, de que forma deveria agir para se corrigir, se melhorar.

   Mas, e quanto a nós mesmos? 

   Continuamos a ser os inquisidores do passado erguendo fogueiras aos pecados alheios e escondendo-nos atrás da máscara da perfeição que não possuímos.

   Disse-nos Jesus e os espíritos amigos relembram-nos no ESE cap. X item 11:

   "Não julgueis a fim de que não sejais julgados; porque vós sereis julgados segundo houverdes julgado os outros; e se servirá para convosco da mesma medida da qual vos servistes para com eles."

   No plano espiritual ou no material quem nos julgará sempre será a nossa própria consciência, e quem sabe ela nos mostrará que o que mais apontamos no outro existia no âmago do nossos ser. Como se ao julgá-lo estivéssemos diante de um espelho sem querermos reconhecer nossa própria imagem. 

   Mas um dia, ela vem a tona e se mostra em toda a sua plenitude. Seremos o que fizermos de nós e para os outros. Cuidemos nossos julgamentos sejam eles em atos, palavras ou pensamentos, pois o juiz que hoje julga o irmão ao nosso lado é o mesmo que nos julgará, ou seja, nós mesmos!

   É tão fácil a pontar o dedo, cutucar a ferida e dizer: "Vai em frente, melhora-te!"
   Difícil, mas caridoso e virtuoso, é o ato de estender a mão e oferecer: "Vem comigo, eu te ajudo!"