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sábado, 29 de dezembro de 2012

Deixar Partir...

     "Quem ama, ama sempre, e de tal modo que, ainda mesmo quando os corações amados se distanciam, o coração que ama prossegue amando-os e abençoando-os, sabendo conscientemente que, pelas forças do espírito, jamais deles se afastará." Emmanuel - Calma

     Como é difícil o deixar partir, permitir que aqueles que amamos por algum motivo se afastem de nossos olhos físicos...

     Seja pela morte do corpo físico, pela partida de um ente querido que vai morar longe, ou que vai sair de casa, pior ainda quando tomam caminhos que em nosso ponto de vista lhes trarão dor e arrependimento é sempre difícil permitir que o outro, aquele que nos é caro ao coração siga o seu caminho sem a nossa mão  a segurar a sua.

     Filhos, irmãos, cônjuges, pais, amigos queridos dividem conosco parte de sua jornada. Por um determinado período de tempo caminham a nosso lado, é um período necessário a evolução de todos, necessitamos uns dos outros para nos auxiliarmos em nossa senda evolutiva, mas chega o momento de partir e de deixar partir...

     Chega um momento em que cada um deve seguir o seu caminho, pois necessários se fazem novos e diferentes aprendizados por caminhos diferentes...

     Aqueles que verdadeiramente se amam, mesmo que a distância física os separe e mesmo que um dos corações se perca pelos caminhos do erro, estarão sempre velando um pelo outro, sempre um dos corações estará em prece pedindo ao Mestre que como bom pastor resgate a ovelha que se perdeu de seu rebanho.

     Outras vezes apenas seguem para novas experiencias e seguem amando e cuidando uns dos outros a distância. 

     Por vezes nossa família espiritual nos acompanha na encarnação e ficamos determinado tempo juntos adquirindo experiências nesse hospital-escola chamado Terra, outras vezes voltamos ao mundo físico, mas aqueles que amamos velam por nós na espiritualidade.

     Difícil é a lição do desapego, do compreender que apesar de necessitarmos uns dos outros para a nossa evolução não temos o direito de algemar nossos bem amados, há que se partir e deixar partir... um dia todos nos reencontraremos, mais maduros, mais iluminados e todos os sentimentos que nos uniram um dia aquecerão ainda nossos corações e os elos de amor que um dia construímos estarão ainda mais fortes e mais presentes.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Música

"Você é uma bela canção composta por Deus.
Em sua alma, todas as notas musicais são executadas pelo seu coração.
A partitura pode ser mudada a cada dia. É a você que cabe esse canto, essa melodia.
Mesmo nos piores momentos de sua vida, não perca a alegria de viver.
Se você se torna triste, quem irá compor a nova canção dos seus sonhos?
Mesmo desafinado, não deixe de cantar o amor que lhe vai à alma. 
Em qualquer adversidade, não esqueça: foi Deus quem compôs você." Adeilson Salles - PSIU!

domingo, 23 de dezembro de 2012

Eu Prometo...


Lendo uma mensagem postado por uma amiga blogueira, me emocionei com o texto que ela compartilhou e que dizia assim:
"Me formei em solidão. Tive bons professores: televisão, vídeo, DVD, e-mail… Cada um na sua e ninguém na de ninguém"
Me fez lembrar minha infância, nos dias em que faltava energia elétrica, mas precisamente nas noites em que isso acontecia. Não havia mais a televisão, a novela e o telejornal para nos roubar os pais.
A atenção era para nós, a mãe contando histórias do tempo do vô e do biso, de quando se morava na chácara e se dormia e acordava com as galinhas, porque não havia energia elétrica.
O pai aproveitava a luz da vela e com as mãos criava bichos engraçados que se desenhavam na parede, e alguns monstros também. Lembro as risadas, as brincadeiras e as histórias até cairmos no sono.
Essas são umas das melhores lembranças da minha infância. Mas até isso nos tiraram hoje. Criaram notebooks, I pads, I pods, I sei lá o que mais com bateriais intermináveis....
Você pode não ter energia elétrica, mas continua conectado no mundo... no mundo lá fora, no mundo frio de máquinas e sentimentos postiços...
E quem está ao seu lado? Quanto tempo faz que não conversam? Quanto tempo faz que não riem juntos? Você se lembra a última vez que sentou pra brincar com o seu filho? A última vez que lhe contou uma história sentado ao seu lado na beira da cama?
Ah! Você anda sem tempo.... Seu filho pode ouvir as histórias no computador, afinal esta é a companhia mais presente na vida dele ultimamente...
Estamos próximos do mundo, da notícia, da informação, do que acontece na China, mas não sabemos por que o companheiro chora na sala ao lado... não percebemos nem que ele chora...
Não ouvimos quando muitas vezes ele fala por horas, e para que ele não pense que não estamos nem aí, a cada 20 ou 30 minutos respondemos um sonoro “aham” como se estivéssemos a ouvi-lo atentamente. Não estamos! Nossa atenção está no vídeo do you tube, no e-mail, no frívolo assunto do facebook...
Não acredito que até as quedas de energia me tiraram...
Eu ainda posso curtir em minha memória as lembranças das noites à luz bruxuleante daquela vela... e os meus filhos? Que lembranças eles terão?
Eu vou me esforçar para que não seja a de pais ausentes, eternamente conectados e desconectados de seus problemas. Eu vou sentar e brincar de bonecas com ela ou de carrinho com ele, vamos jogar futebol e eu vou sentar na beirada da sua cama para lhe contar histórias e vou lhe apresentar mundos encantados em livros de papel... Vou perguntar a ele como vai à escola e sentar com ele para fazer a lição de casa... Vou levá-lo na pracinha e ensinar a pular amarelinha... Vamos passear lado a lado olhando o mar e eu vou perguntar a ele sobre as meninas de sua escola e vou emprestar meu ombro a ele quando aquela menina bonita partir seu coração... Eu vou segurar a mão dele quando ele chorar e vou colocar um band-aid em seu machucado... mas os machucados que eu não puder curar com band-aid tentarei  fazê-lo com um abraço... eu prometo!!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Inaudita Mestra

"De cada vez que o anjo da dor me tocou com a sua asa, senti agitarem-se em mim potências desconhecidas, ouvi vozes interiores entoarem o cântico eterno da vida e da luz; agora, depois de ter compartilhado de todos os males de meus companheiros de viagem, bendigo o sofrimento. Foi ele que amoldou meu ser, que me fez obter um critério mais seguro, um sentimento mais exato das altas verdades eternas. Minha vida foi mais de uma vez sacudida pela desgraça, como o carvalho pela tempestade; mas nenhuma prova deixou de me ensinar a conhecer-me um pouco mais, a tomar maior posse de mim." León Denis - O Problema do Ser, do Destino e da Dor.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Sobre o Natal...


     Natal  é uma época de consumismo desenfreado muitos o dizem e é impossível negar. Mas é também um período de paz, de reavivar as esperanças.
     Sempre penso nessa época como a imagem de um menino com uma pequena vela na mão que vem reacender nossas esperanças já tão bruxuleantes em meio ao desespero do dia a dia violento.
     Vejo as pessoas mais suaves, num clima mais ameno, mais tranquilo, reina uma paz momentânea no ar, com prazo de validade é certo. Mas se ainda estamos tão longe da paz verdadeira que deve começar dentro de cada um de nós, aproveitemos esse refrigério que esse menino nos concede, como a nos dizer que nada está perdido, que há muitas moradas na casa do pai e que nenhuma ovelha de seu rebanho se perderá.  Aproveitemos essa paz...

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Tua Obra

"Tua obra mais bela é tu mesmo. Com teus esforços constantes podes fazer de tua inteligência, de tua consciência, uma obra admirável, de que gozarás indefinidamente. Cada uma de tuas vidas é um cadinho fecundo do qual deves sair apto para tarefas, para missões cada vez mais altas, apropriadas às tuas forças e cada uma das quais será tua recompensa e tua alegria." León Denis - O Problema do Ser do Destino e da Dor.


sábado, 8 de dezembro de 2012

Os Percalços de Cada Um

   "A criatura generosa é alguém que aprendeu a auxiliar os outros sem se ver obrigada a tomar para si os infortúnios que não lhe pertencem". Hammed - Os Prazeres da Alma

   Vivemos num mundo de provas e expiações, estamos todos nós sujeitos às intempéries desse mundo. E se cá estamos é por merecimento nosso, ou falta de merecimento de alçarmos mundos mais felizes. Logo, todos temos dores a colher, espinhos a resgatar, problemas a resolver, relacionamentos a transformar... 

   E isso é tarefa individual, cada um resgata aquilo que está em sua programação, aquilo que outrora plantou com suas iniquidades e sua irresponsabilidade. Porém aqui estamos, também, para auxiliarmos uns aos outros. Devemos por compromisso de caridade auxiliar a amenizar a dor do outro que sofre a nosso redor o máximos que pudermos.

   Porém há que se ter muito cuidado em relação a esse máximo que pudermos. Principalmente em relação aos nossos entes queridos: filhos, pais, irmãos, cônjuges etc... aqueles que estão mais proximamente ligados ao nosso coração nos causam maior comoção a sua dor. Muitas vezes preferiríamos sofrer em seu lugar, tomar para nós seus fardos e carregá-los, subtrair suas dores e sofrer em seu lugar.

   Mas isso não é possível, nem mesmo correto... É certo que estamos ao seu lado para ampará-los, socorre-los, amenizar suas dores com o nosso abraço amigo, sorriso franco, mão amiga e até mesmo materialmente, é dever nosso, dever que sequer nos pesa na maior parte das vezes, que fazemos com alegria.

   Porém a dor de cada um é de cada um. Aquele que nos é tão chegado ao coração precisa também aprender a lidar com os próprios problemas, a andar com as próprias pernas, a amadurecer com os percalços que a vida lhe trará. Caso contrário, se a qualquer contrariedade estiverem acostumados a correr para os nossos braços, pois sempre lhes solucionamos todas as adversidades, seremos em suas vidas eternas muletas... e eles não aprenderão, quando não estivermos por perto, como lidarão com os próprios problemas?  a nossa consciência como ficará depois vendo que por nosso causa aqueles que amamos não tem força para lutar por suas próprias vitórias, sempre esperando por nós para qualquer decisão, para seguir seu próprio caminho?

   Pensemos sobre isso... auxiliemos na medida do possível, mas procuremos não tomar as rédeas que não nos pertencem, deixemos que aqueles que amamos tomem as rédeas do próprio destino!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Do Átomo ao Arcanjo

"As reencarnações são os degraus da subida que todas as almas percorrem em sua ascensão; é a escada misteriosa que, das regiões obscuras, por todos os mundos da forma, nos leva ao reino da luz. Nossas existências desenrolam-se através dos séculos; passam, sucedem-se e renovam-se. Em cada uma delas largamos um pouco do mal que há em nó. Lentamente, avançamos, penetramos mais na via sagrada, até que tenhamos adquirido os méritos que nos hão de dar entrada nos círculos superiores donde eternamente irradiam a beleza, a sabedoria, a verdade, o amor!" León Denis - O Problema do Ser, do Destino e da Dor.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Pacificação


     Exposição baseada no texto: "Pacificação" do Livro da Esperança de Emmanuel psicografia de Chico Xavier.
     Ela estava muito cansada. Todo dia era a mesma coisa. Ela se via puxada para dez direções diferentes: filhos, roupas para lavar, compras no supermercado, prazos para cumprir, amigos pedindo conselhos, cartas necessitando respostas, o telefone que não parava de tocar.
Ela se sentia abatida e exausta além da conta. Ele estava irritado. O dia fora difícil, na lida com homens e mulheres cujas vidas estavam desmoronando. Depois de uma hora preso no trânsito, ele encontrou os filhos querendo sua atenção, uma lista de pacientes para quem precisava telefonar e uma pilha de contas para pagar.
Nas primeiras horas da noite, ambos se esforçaram para não gritar, tentando controlar os nervos em frangalhos. De repente, alguma coisa insignificante acelerou o processo de descontrole.
As vozes de ambos se elevaram diante da intensidade da discussão. Sem querer, eles estavam trocando palavras que não desejavam pronunciar. Assuntos que nem eram relevantes foram trazidos à baila. Mágoas passadas foram revividas. Mágoas guardadas e nunca perdoadas.
Uma simples discussão se transformou num debate acalorado. Quando estavam aos gritos, a porta do quarto foi entreaberta. Lentamente. Silenciosamente. Uma mãozinha se esgueirou pela fresta e colocou alguma coisa na porta. Imediatamente, a mãozinha sumiu e a porta foi fechada.
Curiosa, ela se levantou para investigar. Preso na porta com fita adesiva havia um pequeno coração de papel pintado de vermelho, com os seguintes dizeres: eu amo a mamãe e o papai.
Anthony, o filho de oito anos, estava fazendo sua parte em prol da paz na família. Lágrimas de vergonha molharam o rosto da jovem mãe. Marido e mulher se entreolharam, arrependidos por terem permitido que as suas emoções extrapolassem e prejudicassem seu lar. De repente, nem lembravam mais sobre o que estavam discutindo, quando o pequeno Anthony colocou um coração de papel na porta do quarto. Mas eles resolveram deixá-lo colado ali como um lembrete para os dias futuros.

Uma pequena ação de paz, de conciliação, de amor no momento da turbulência, dos ânimos exaltados, da tempestade de sentimentos arvorados, pode restabelecer a serenidade, a harmonia, a paz e evitar conflitos maiores.

Este o tema que hoje nos traz Emmanuel no Livro da Esperança: Pacificação. Pacificação que significa ação de paz, ações de paz. É um convite a nos tornarmos mais pacíficos , mais doce, mais brandos.

O ESE dedica um capítulo à paz, o capítulo 9: Bem-aventurados aqueles que são brandos e pacíficos do qual destacamos o item 6 – A afabilidade e a doçura, mensagem do espírito Lázaro:

            6 – A benevolência para com os semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que são a sua manifestação. Entretanto, nem sempre se deve fiar nas aparências, pois a educação e o traquejo do mundo podem dar o verniz dessas qualidades. Quantos há, cuja fingida bonomia é apenas uma máscara para uso externo, uma roupagem cujo corte bem calculado disfarça as deformidades ocultas! O mundo está cheio de pessoas que trazem o sorriso nos lábios e o veneno no coração; que são doces, contanto que ninguém as moleste, mas que mordem à menor contrariedade; cuja língua, doirada quando falam face a face, se transforma em dardo venenoso, quando falam por trás.
            A essa classe pertencem ainda esses homens que são benignos fora de casa, mas tiranos domésticos, que fazem a família e os subordinados suportarem o peso do seu orgulho e do seu despotismo, como para compensar o constrangimento a que se submetem lá fora. Não ousando impor sua autoridade aos estranhos, que os colocariam no seu lugar, querem pelo menos ser temidos pelos que não podem resistir-lhes. Sua vaidade se satisfaz com o poderem dizer: “Aqui eu mando e sou obedecido”, sem pensar que poderiam acrescentar, com mais razão: “E sou detestado”.
            Não basta que os lábios destilem leite e mel, pois se o coração nada tem com isso, trata-se de hipocrisia. Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas, jamais se desmente. É o mesmo para o mundo ou na intimidade, e sabe que se podem enganar os homens pelas aparências, não podem enganar a Deus.         

            Muitas vezes em nossa vida social, no nosso círculo de relações nos mostramos como pessoas serenas, tranquilas, de fala doce, suave, mas entre aqueles que conosco convivem no reduto doméstico, dentro de casa ou no ambiente de trabalho, não conseguimos disfarçar por muito tempo nossas imperfeições e nos mostramos intolerantes, impacientes, irritadiços, coléricos e muitas vezes verdadeiros tiranos: pais incompreensivos, esposos indiferentes, chefes dominadores, exigentes ao extremo.

            Temos a aparência da paz mas, a verdadeira paz não habita em nós, a perdemos por qualquer motivo banal, não somos verdadeiramente os brandos e pacíficos bem aventurados por Jesus.

            Emmanuel no Livro Ceifa de Luz nos diz que:
            “A paz verdadeira não surge, espontânea, de vez que será fruto do esforço de cada um”

            Todos almejamos, desejamos a paz mundial, mas não conseguimos manter nossa paz doméstica. Pequenas ações podem nos auxiliar, se cultivadas diariamente com boa vontade e perseverança, pois muitas serão as vezes em que nos deixaremos dominar por nossas más tendências e esqueceremos nosso propósito, mas é preciso perseverança para recomeçar sempre.

            Compreender que estamos aqui para conviver e aprendermos com o outro que com suas virtudes e dificuldades tem muito a nos ensinar.

            Adotarmos atitudes de concórdia, termos a iniciativa do pedido de desculpas, mesmo que o outro esteja errado, mas é preferível ficarmos com a paz do que com a razão.

            Olharmos o erro alheio como forma de aprendizagem e auxiliarmos a resolver o problema sem críticas destrutivas que apenas prejudicam e agravam a situação e os ânimos.

            Não nos aborrecermos com o nosso trabalho que nos prove o sustento e da família e que nos é confiado pela vida por ser necessário ao nosso aperfeiçoamento e progresso. Agradeçamos a benção do trabalho que nos permite prover o necessário aos nossos e contribuir para o progresso.

            Outra importante ação de paz é compreendermos que os nossos ouvidos podem ser extintores do mal. Se o mal a eles chegar será nossa responsabilidade exterminá-lo naquele momento, ignorando-o ou será nossa responsabilidade ter-lhe dado importância e passado a diante.

Nesse momento em que a crítica ao outro, a maledicência, a tragédia nos chega aos ouvidos saibamos exaltar as qualidades, o lado bom daqueles envolvidos, pronunciar palavras de conforto, otimismo e esperança ou simplesmente orar por eles, sem passarmos adiante o mal que nos chega. Não divulguemos o mal.

Em todos os momentos procurarmos compreendermo-nos uns aos outros, nenhum de nós é perfeito, caso o fossemos não mais estaríamos encarnados em um planeta de provas e expiações. Todos temos nossas imperfeições e estamos em diferentes graus evolutivos. Aquilo que nós já compreendemos e que nos parece simples, o outro pode ainda não compreender, não estar preparado. Não exijamos do outro atitudes para as quais ainda não está pronto. Todos estamos aqui dando o melhor de nós. Tenhamos essa compreensão e procuremos respeitar o próximo, vivendo em paz com as nossas diferenças.

É compreensível que em muitos momentos devido às nossas imperfeições tropeçaremos nessas ações de pacificação e nos veremos fazendo exatamente aquilo que não deveríamos. Cabe-nos identificar quando isso acontece, aprender com o erro e recomeçar.

De Lucca no livro Cura e Libertação nos diz que: “Sem atirá-las no próximo, o homem não sabe o que fazer com as pedras que traz nas mãos.”

As pedras que trazemos nas mãos são nossos problemas, nossas mágoas, nossas dores, nossas revoltas... e todos nós as trazemos, mas temos por hábito, quando as mãos estão cheias e o fardo pesado, de atirá-las no outro, culpando-os pelos nossos problemas, pelas nossas dores que são decorrentes unicamente de nossas próprias escolhas...

Utilizemos as pedras em nossas mãos para construir: construir uma escada de elevação moral para o nosso progresso, construir pontes de afeto com o nosso próximo, construir o nosso futuro...

Atirá-las só causa mais destruição: dores, mágoas, rancores, culpas e isso não nos ajuda a crescer, pelo contrário nos faz retornar ao ponto inicial para resgatar aquele mal que foi causado.

A paz que desejamos ver no mundo deve começar dentro de cada um de nós, irradiar-se dentro da nossa casa e dela para fora. A pacificação é uma mudança interna, de dentro para fora. E é uma atitude somente nossa, não depende de ninguém ou de circunstancia alguma para ocorrer, somos nós e a nossa consciência que vamos nos burilando, nos aperfeiçoando a cada dia um pouquinho mais.

Que tenhamos a humildade de encarar nossas imperfeições e pedir ao Pai que nos auxilie assim como fez Francisco de Assis, exemplo de pacificação, quando humildemente pediu ao Pai:

Senhor, fazei-me instrumento de vossa Paz
onde houver ódio, que eu leve o Amor
onde houver ofensa, que eu leve o Perdão
onde houver discórdia, que eu leve a União
onde houver dúvidas, que eu leve a Fé
onde houver erro, que eu leve a Verdade
onde houver desespero, que eu leve a Esperança
onde houver tristeza, que eu leve a Alegria
onde houver trevas, que eu leve a Luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais
consolar que ser consolado
compreender que ser compreendido
amar, que ser amado
pois é dando que se recebe
é perdoando que se é perdoado
e é morrendo que se vive para a vida eterna.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Evolução: Sublime Caminhar

"As almas humanas estão mais ou menos desenvolvidas segundo suas idades e, principalmente, segundo o emprego que fizeram do tempo que têm vivido; não fomos todos lançados  no mesmo instante no turbilhão da vida; não temos caminhado todos a passo igual, não temos desfiado todos do mesmo modo o rosário de nossas existências. Percorremos uma estrada infinita. Daí procede a razão por que tão diferentes nos parecem as nossas situações e os nossos valores respectivos; mas para todos o alvo é o mesmo. Sob o açoite das provas, o aguilhão da dor, sobem todos, todos se elevam. A alma não é feita de uma vez só; a si mesma se faz, se constrói através dos tempos. Suas faculdades, suas qualidades, seus haveres intelectuais e morais, em vez de se perderem, capitalizam-se, aumentam, de século para século. Pela reencarnação cada qual vem para prosseguir nesse trabalho, para continuar a tarefa de ontem, a tarefa de aperfeiçoamento que a morte interrompeu. Daí a brilhante superioridade de certas almas que têm vivido muito, granjeado muito, trabalhado muito. Daí os seres extraordinários que aparecem aqui e ali  na História e projetam vivos clarões no caminho que a humanidade percorre. Sua superioridade vem somente da experiência e dos labores acumulados." León Denis - O Problema do Ser, do Destino e da Dor.

sábado, 24 de novembro de 2012

Silêncio

   "Guardar o equilíbrio de nossas palavras é nosso dever. Não fale sem antes refletir. É sempre mais seguro ficar em silêncio, ouvindo e tentando compreender.
As palavras têm um efeito duradouro e muito poder, não é fácil esquecê-las." Cavalcanti - Sândalo

   Quantas vezes em momentos de dor, de raiva falamos coisas sem pensar, dizemos aquilo que não vai em nosso coração, mas que a raiva nos impele a dizer. Dessa forma magoamos, ferimos, humilhamos aqueles que muitas vezes nos são caros ao coração. E quantas vezes nos arrependemos após a palavra mal empregada naquele momento infeliz?

   Ah o silêncio!! Já dizia o provérbio chinês que 'a palavra é prata, mas o silêncio é ouro'. Quando não tivermos uma palavra amiga, uma palavra de incentivo, de estímulo, de carinho ou no momento da raiva, do descontrole, da mágoa o melhor remédio é o silêncio.

   O silêncio apazígua, atenua, ele é sempre a melhor escolha em caso de dúvida. Quando não tivermos palavras em momentos trises ou felizes, o silêncio de um olhar amigo, o silêncio de uma mão estendida, o silêncio de um abraço compreensivo é sempre a melhor opção.

   O silêncio que não revida, que não retruca a ofensa, mas que aguarda o momento de descontrole passar, para que num momento hábil as palavras certas levem ao diálogo, ao entendimento, à compreensão.

   Nossas palavras ficam na memória daqueles a quem são dirigidas, essa memória fica gravada em nossos espíritos, levamos conosco por todos os caminhos que percorreremos ao longo de nossa evolução. Procuremos ser lembrados por nossas palavras de carinho, de compreensão, de afeto, de incentivo. Dessa forma estaremos plantando no coração daqueles que seguem ao nosso lado os laços da amizade e do amor.

   Pensemos, pensemos sempre antes de falar... 

   "Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor... Magoar alguém é terrível!" Chico Xavier

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Turbilhão

"Quando aplicamos o ouvido ao que se passa no fundo do nosso ser, ouvimos como o turbilhão de águas ocultas e tumultuosas, o fluxo e o refluxo do mar agitado da personalidade que os vendavais da cólera, do egoísmo e do orgulho encapelam. São as vozes da matéria, os chamamentos das baixa regiões, que nos atraem e influenciam ainda as nossas ações; mas essas influências, podemos dominá-las com a vontade, podemos impor silêncio a essas vozes. Quando em nós se faz bonança, quando o murmúrio das paixões se aplaca, eleva-se então a voz potente do espírito infinito, o cântico da Vida Eterna, cuja harmonia enche a imensidade. E, quanto mais o espírito se eleva, purifica e ilustra, tanto mais o seu organismo fluídico se torna acessível às vibrações, às vozes, ao influxo do Alto." Léon Denis - O Problema do Ser, do Destino e da Dor

sábado, 17 de novembro de 2012

Responsabilidade e Livre Arbítrio

   "Todos aqueles que são portadores da sombra - e todos o são -, em vez de a compreenderem na condição de processo de crescimento, experimentam uma certa forma de vergonha, de constrangimento, e procuram disfarçá-la. Tal comportamento dá lugar a uma sociedade hipócrita, artificial, incapaz de procedimentos maduros e significativos que a todos beneficiem. O ser mais hábil no disfarce é sempre o mais homenageado e querido, produzindo-lhe maior soma de sombra e de conflito, porque se vê obrigado a continuar a parecer aquilo que, realmente, não é." Joanna de Angelis - Psicologia da Gratidão

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Sobre a Morte...

"A morte é apenas um eclipse momentâneo na grande revolução de nossas existências, mas basta esse instante para revelar-nos o sentido grave e profundo da vida. A própria morte pode ter também a sua nobreza, a sua grandeza. Não devemos temê-la, mas, antes, nos esforçar por embelezá-la, preparando-se cada um constantemente para ela, pela pesquisa e conquista da beleza moral, a beleza do espirito que molda o corpo e o orna com um reflexo augusto na hora das separações supremas. A maneira por que cada qual sabe morrer é já, por si mesma, uma indicação do que para cada um de nós será a vida do espaço." Léon Denis - O Problema do Ser, do Destino e da Dor

sábado, 10 de novembro de 2012

Ledo Engano!

   "São os inimigos que nos chamam a atenção de erros e dificuldades que possuimos. Ao exaltarem  nossas faltas, estão, pois, sem que percebam, fazendo-nos bem, já que dessa maneira propiciam nossa melhora. Ao invés de inimigos são benfeitores." Cavalcanti - Sândalo

   Os amigos e aqueles que nos são queridos ao coração tem por tendência natural exaltar-nos as virtudes, apontando nosso lado bom, muitas vezes fazendo vista grossa aos nossos defeitos e erros devido ao carinho que nos dedicam.

   Isso pode nos ser perigoso, uma vez que estimula nossa vaidade, nos faz pensar que não possuímos defeitos, que somos criaturas  boníssimas, quase perfeitas, anjos colocados por engano nesse planeta de provas e expiações...

sábado, 3 de novembro de 2012

As Abóboras na Carroça


"Era uma vez um cocheiro que dirigia uma carroça cheia de abóboras. A cada solavanco da carroça, ele olhava para trás e via que as abóboras estavam todas desarrumadas.

Então ele parava, descia e colocava-as novamente no lugar. Mal reiniciava sua viagem, vinha outro solavanco e... tudo se desarrumava de novo. 

Então ele começou a ficar desanimado e pensou: “jamais vou conseguir terminar minha viagem! É impossível dirigir nesta estrada de terra, conservando as abóboras arrumadas!”

Quando estava assim pensando, passou à sua frente outra carroça cheia de abóboras e ele observou que o cocheiro seguia em frente e nem olhava para trás: as abóboras que estavam desarrumadas organizaram-se sozinhas no próximo solavanco. 


quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O Corpo Responde

"O resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as dúvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza.
O coração infarta quando chega a ingratidão.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a 'criança interna' tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade."
De Lucca - Cura e Libertação

sábado, 27 de outubro de 2012

Ninguém é Inútil

            Exposição baseada no texto: "Ninguém é Inútil" do Livro da Esperança de Emmanuel psicografia de Chico Xavier.


Cada um de nós reencarnamos com o objetivo de buscarmos nossa evolução, nosso progresso moral como espíritos imortais. Essa é a nossa missão na vida física. Para atingirmos esse objetivo a Providência Divina nos provê um corpo físico e todos os meios condizentes com as nossas necessidades.

Quando pensamos no termo missão, a missão de cada um de cada um de nós, logo nos vem à mente algo grandioso, algo marcante, um legado para a humanidade. Mas nem sempre a nossa missão nessa encarnação possui tamanha grandiosidade, muitas vezes ele inclui tarefas simples, mas que nem por isso deixam de ter importância grandiosa para o nosso aprimoramento e o daqueles que conosco convivem.

No Livro Ceifa de Luz Emmanuel nos diz que: “Todos possuímos o talento da capacidade para investir na edificação do bem, onde estivermos.”

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Pequenos Gestos

   "Quando uma pessoa nervosa nos procura e passa a falar sobre suas dores, procuremos oferecer toda a nossa atenção carinhosa, e, enquanto ela fala, projetemos pensamentos de calma e serenidade sobre ela.
   Se passar por nós uma ambulância em regime de atendimento urgente, procuremos fazer uma prece em favor da pessoa que está sendo socorrida.
   Se nos depararmos com um acidente na rua, procuremos orar pela paz dos motoristas envolvidos.
   Se passarmos defronte a um hospital, procuremos deixar uma vibração de amor para os que estão internados, e também oremos pelos médicos e enfermeiros que ali trabalham.
   Se notarmos um comércio abrindo suas portas, façamos uma prece pela prosperidade daquele novo estabelecimento.
   Se um vizinho nosso está enfermo, façamos aquela visita levando palavras de otimismo e bom ânimo.
   Se uma notícia trágica nos surpreendeu, oremos pela serenidade de todos os envolvidos.
   Se algum irmão passa fome na rua, procuremos repartir a comida que sobre em nossa mesa. 
   Se alguém nos provoca com a injúria, ofereçamos a ele a caridade do nosso perdão." 
De Lucca - Cura e Libertação

   "Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz"
Madre Tereza de Calcutá

sábado, 20 de outubro de 2012

Apenas um Recado...

Trecho do Livro 'Cura e Libertação' de  José Carlos de Lucca:

"A morte não é nada.
Eu somente passei para o outro lado do caminho.
Eu sou eu, vocês são vocês. O que eu era para vocês, eu continuarei sendo.
Me deem o nome que vocês sempre me deram, falem comigo como vocês sempre fizeram.
Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas, eu estou vivendo no mundo do Criador.
Não utilizem um tom solene ou triste, continuem a rir
daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriem, pensem em mim.
Que meu nome seja pronunciado como sempre foi, sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra ou tristeza.
A vida significa tudo o que ela sempre significou, o fio não foi cortado.
Por que eu estaria fora de seus pensamentos, agora que estou apenas fora de suas vistas? Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do caminho.
Você que aí ficou, siga em frente, a vida continua, linda e bela como sempre foi."

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Nós e o Mundo


   Exposição baseada no texto: "Nós e o Mundo" do Livro da Esperança de Emmanuel psicografia de Chico Xavier.
   Clara, uma jovem senhora, trabalhadora do atendimento fraterno, atendia desesperada senhora que chorava copiosamente:
            - Estou desesperada! Meu filho morreu num estúpido acidente! É tão grande a minha dor que tenho vontade de morrer! Por que meu Deus? Por que? Uma vida interrompida cruelmente! Mal começara a existência!
            - Dona Arminda, não se entregue ao desalento... Nada acontece por acaso. Razões ponderáveis, inacessíveis ao nosso entendimento determinaram que o menino regressasse ao plano espiritual.
            - Não me conformo! Não aceito perdê-lo tão cedo. Apenas treze anos! Era praticamente uma criança!...
            - É preciso corrigir nossos raciocínios. A senhora não o perdeu. Ele apenas transferiu-se de plano...

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Inércia

   "Não existem espaços desocupados - onde o bem não está, o mal comparece; onde não há claridade, impera a escuridão." Inácio Ferreira - Obsessão e Cura

   Muitos de nós cultivamos a ideia de que se nada de mal fizermos a quem quer que seja já estaríamos fazendo um bem.

   É a justificativa da inércia. A desculpa do não ser, do não fazer.

   Somos todos espíritos altamente endividados com nosso passado de erros, crimes, desenganos... Não fazer o bem é ficar estacionário na senda da evolução, é não dar um passo sequer a frente, na direção do progresso.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Páginas da Vida

   "O homem terrestre não é um deserdado. É um filho de Deus, em trabalho construtivo, envergando a roupagem da carne, aluno de escola benemérita, onde precisa aprender a elevar-se. A luta humana é a sua oportunidade, a sua ferramenta, o seu livro." Emmanuel

   Na espiritualidade, antes de cada encarnação, recebemos ajuda dos amigos espirituais para  programação de nossa próxima existência terrestre. Lá, fazemos um balancete de nossos erros e acertos, sendo que o nosso único juiz é a própria consciência.

   No plano espiritual estudamos, aprendemos, recebemos conselhos de espíritos amigos que fazem parte de nossa família espiritual e que almejam pelo nosso aprimoramento moral. Na vida espiritual também estudamos, fazemos cursos visando o aprendizado em busca da evolução.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Jesus na Minha Concepção


   Encontrei esse conceito em trecho no livro ‘Por uma Vida Melhor’ de Richard Simonetti:
  "A concepção espírita sobre Jesus distingue-se das demais religiões evangélicas em alguns pontos.
   Jesus não é o filho de Deus encarnado. É um irmão nosso, Espírito já puro e perfeito quando a Terra surgiu, há quatro bilhões e quinhentos milhões de anos. (ele realizou sua jornada evolutiva em outros planetas, quiçá outras galáxias).
  E não lavou com seus sangue supostos pecados, injustamente herdados pela humanidade.

sábado, 22 de setembro de 2012

Por que adoecemos?

   "O corpo humano, guardando sabedoria inata a serviço do espírito imortal que o habita e conduz, obedece à consciência profunda manifestando saúde ou doença conforme esteja o ser equilibrado ou desequilibrado perante a lei do amor, seja consigo mesmo ou com o próximo." Andreí Moreira

   Quem adoece é a alma. É o espírito quem traz em seu corpo espiritual, o períspírito as necessidades, as causas das doenças que se refletem no corpo físico.

   No Livro Missionários da Luz de André Luiz psicografia de Chico Xavier, o médico André Luiz acompanhado do instrutor Alexandre estuda diversos casos de doenças no corpo físico provocadas por

domingo, 16 de setembro de 2012

Vítima ou verdugo?

   "O obsessor é também um filho de Deus, mais necessitado do que o próprio obsidiado, porquanto está sob inspiração do ódio, do desejo de vingança, sentimentos profundamente desajustantes e comprometedores." Richard Simonetti - Amor Sempre Amor

   É tema recorrente na Doutrina Espírita a questão da obsessão, o assédio de espíritos desencarnados sob encarnados procurando fazer o mal, motivados por desejos de vingança, movidos pelo ódio.


terça-feira, 11 de setembro de 2012

Pais Identificados

   Lendo o livro que traz algumas estorietas comentadas a luz da doutrina espírita intitulado 'Atravessando a Rua' de Richard Simonetti deparei-me com uma estória que vem muito ao encontro dos meus princípios, valores e entendimentos sobre o assunto e, portanto, peço a licença ao amigo leitor de compartilhá-la consigo na esperança de que lhes traga a paz que a mim  proporciona, o texto tem o nome dessa postagem: "Pais Identificados"

A indiscrição de um familiar precipitou o que Lucila e Jonas tanto temiam: Simone tomou conhecimento de que era filha adotiva.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Lei de Liberdade

   "Toda vez que o exercício da liberdade fere a lei do amor, o indivíduo entra em desequilíbrio consigo mesmo e com o universo. Quando insiste em seu comportamento confirmando tendências e hábitos, e muitas vezes construindo vícios na alma, aciona mecanismos automáticos e naturais de reequilíbrio perante a lei divina, que está inscrita em sua consciência." Andrei Moreira - Homossexualidade sob a ótica do Espírito Imortal.

   Quando pensamos em liberdade, qual o primeiro pensamento que nos ocorre? Total despreocupação, liberdade de ação,  sem amarras, sem responsabilidades, sem consequências?

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Eu Sou Doador

Não conheço a autoria do texto a seguir, mas ele reflete meus pensamentos, minhas convicções e meus mais sinceros desejos, por isso compartilho:

"Quando chegar minha hora de partir e, eu
não precisar mais deste corpo,
Não chamem o meu falecimento de leito da
morte, mas de leito da vida.
Dêem minha visão ao homem que jamais viu
o raiar do sol, o rosto de uma criança ou o
amor nos olhos de uma mulher.
...
Dêem meu coração a uma pessoa cujo
coração apenas experimentou dias
infindáveis de dor.
Dêem meu sangue ao jovem que foi retirado
dos destroços de seu carro, para que ele
possa viver para ver os seus netos brincarem.
Dêem os meus rins às pessoas que precisam
de uma máquina para viver de semana em
semana.
Retirem meus ossos, cada músculo, cada fibra
e nervo do meu corpo e encontrem um meio
para fazer uma criança inválida caminhar.
Explorem cada canto do meu cérebro. Retirem
minhas células, se necessário, e deixem-nas
crescerem para que, um dia, um menino
mudo possa gritar em um momento de
felicidade ou uma menina surda possa ouvir
o barulho da chuva de encontro à sua janela.
Queimem o que restar de mim e espalhem as
cinzas ao vento, para ajudarem as flores
brotarem.
Se tiverem que enterrar algo, que sejam meus
erros, minhas fraquezas e todo o mal que fiz
aos meus semelhantes.
Se, por acaso, desejarem lembrar-se de mim,
façam-no com ação ou palavra amiga a
alguém que precise de vocês.
Se fizerem tudo o que pedi, estarei vivo para
sempre."

sábado, 1 de setembro de 2012

O Bem Comum e o Personalismo

   "Espíritas, lembrai-vos de que todos os ódios, todos os rancores, todas as inimizades devem desaparecer diante de vossos deveres. Instruir os ignorantes, assistir os fracos, ter compaixão dos aflitos, defender os inocentes, lamentar os que estão em erro, perdoar os inimigos. Todas essas virtudes devem crescer em abundância no vosso campo, e deveis implantá-las nos vossos irmãos." Revista Espírita 1866 pag. 188

   Seres imperfeitos, movidos ainda, por egoísmos, vaidades e personalismos, tantas são as vezes em que as discórdias, dissenções e diferenças se fazem presentes em nossos agrupamentos, sejam eles familiares, de trabalho e até mesmo dentro da casa Espírita.

   Imagino as dificuldade que passa a espiritualidade superior que necessita de criaturas assim tão imperfeitas para a elaboração das tarefas que se fazem necessárias nesse planeta de provas e expiações. Haja paciência dos nossos queridos benfeitores para tantas picuinhas que nós somos capazes de gerar.

   Fiquemos atentos, em qualquer agrupamento que deva convergir para um objetivo maior: o trabalho no bem, devemos deixar nosso personalismo, nosso egoísmo, nossa vaidade do lado de fora e pensarmos no bem comum, naquilo que melhor atenderá as necessidades dos que serão beneficiados e no bem de todos.

   Sem criarmos embaraços, rancores, mágoas, tratemos  dos assuntos com paciência, tolerância e procuremos não fazer-nos ouvir demais a própria voz. Alguns de nós possuímos esse hábito, gostamos tanto da própria voz (resquícios de nossa vaidade ainda não reformada) que a impomos aos demais sem perceber o quão desagradáveis nos tornamos.

   Guardemos nossas vaidades e orgulhos e trabalhemos pela nossa causa e pela nossa casa, seja ela qual for, visando o bem-estar comum, o amor ao próximo e a caridade. Caridade até mesmo com os nossos irmãos de ideal que ainda não conseguem exercitar esse ensinamento do nosso insigne codificador.

   Somos ainda crianças espirituais, na procura da evolução, caminhemos lado a lado, minimizando discórdias e dissenções e procurando compreender-nos uns aos outros em nossas dificuldades.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Quando entrar Setembro...

Sol de Primavera


Quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão onde a gente plantou juntos outra vez
Já sonhamos juntos semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz no que falta sonhar
Já choramos muito, muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar uma nova canção que venha nos trazer
Sol de primavera abre as janelas do meu peito
a lição sabemos de cor
só nos resta aprender...

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Sempre oportuno, o Codificador

"Enquanto a oportunidade  se apresenta, revesti-vos do manto branco, abafai as discórdias, pois que as discórdias pertencem ao reino do mal, que vai ter fim. Seja-vos possível fundir-vos em uma única e mesma família e dar-vos mutuamente, do fundo do coração e sem pensamento premeditado, o nome de irmãos. Se, entre vós há dissidências, causas de antagonismos, se os grupos que devem todos marchar para um objetivo comum, estiverem divididos, eu o lamento, sem me preocupar com as causas, sem examinar quem cometeu os primeiros erros, e me coloco, sem hesitar, ao lado daquele que tiver mais caridade, isto é, mais abnegação e verdadeira humildade, pois aquele a quem falta a caridade está sempre errado, assistido embora por qualquer espécie de razão, pois Deus maldiz quem diz ao seu irmão: Raca!" Allan Kardec - Viagem Espírita de 1862


sábado, 25 de agosto de 2012

Um para ele, Três para mim


   “Os críticos são especialistas em detectar e resolver os problemas que não lhes dizem respeito, mas, contrariamente, possuem uma grave dificuldade em aceitar a sua própria problemática existencial.”

   O Criador, Pai amantíssimo, em sua infinita sabedoria, em momento algum da criação cometeu qualquer deslize, pelo contrário, para o observador mais atento todo e qualquer detalhe é motivo de novo aprendizado, basta que se tenhamos olhos de ver e ouvidos de ouvir.

   Possuímos hábito nada salutar de apontarmos os erros do outro. Julgamos, condenamos, sentenciamos. Mas até nesse momento podemos observar a sabedoria infinita do Pai. Quando de dedo em riste o apontamos para o próximo observemos a posição de nossa própria mão é um dedo que aponta em direção do outro, mas outros três que apontam em nossa própria direção.

   O que desejaria o Pai nos ensinar?

   Que quando julgamos o outro devemos analisar a nós mesmos, pois certamente o erro visto com tamanha clareza naquele que está a nossa frente esteja encravado em nosso íntimo e não o identificamos à primeira vista;

   Até onde vai nosso direito de julgar o outro se sequer conhecemos a nós mesmos, nossas mazelas e imperfeições;

   Nossa consciência, a grande juíza com a qual nos encontraremos após a desencarnação e que será a única a julgar nossa conduta será tão implacável conosco como fomos com o nosso próximo.

   "Não julgueis, pois, para não serdes julgados; porque com o juízo que julgardes os outros, sereis julgados; e com a medida com que medirdes, vos medirão também a vós." (Mateus, VII: 1-2). ESE Cap. X item 11

   “Aquele que estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra, disse Jesus. Esta máxima faz da indulgência um dever, pois não há quem dela não necessite para si mesmo. Ensina que não devemos julgar os outros mais severamente do que nos julgamos a nós mesmos, nem condenar nos outros os que nos desculpamos em nós. Antes de reprovar uma falta de alguém, consideremos se a mesma reprovação não nos pode ser aplicada.” ESE Cap. X item 13

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Amor e Perdão


E Madalena fora ao túmulo querido
Entre pedras de extremo desconforto...
Levava flores para o Mestre morto,
Tinha o peito magoado e enternecido.

O Sol reaparecia, resplendente,
A névoa da manhã fundia-se no ar,
Na dourada invasão das flamas do Nascente,
Maria estava ali, unicamente,
A fim de estar a sós, recolher-se e chorar.

A desfazer-se em pranto, ela argüía:
- “Por que, por que Senhor?
Tanta saudade e tanta dor?!...
Toda a felicidade que eu sentia
Jaz aqui sepultada...
Transformou-se-me a vida em sombra e nada
No ermo deste pouso derradeiro...”

Nisso, ela viu alguém... Seria um jardineiro?
Um zelador daquele campo santo?
Mas tomada de espanto,
Viu-se à frente do Mestre Nazareno,
O excelso benfeitor ressuscitado,
A envolver-lhe de paz o coração cansado...
Ela gritou: “Senhor!”
Ele disse: “Maria!”

Ela era a expressão da perfeita alegria,
Ele, o perfeito amor.
Madalena ajoelhou-se e quis beijar-lhe os pés...
- “Maria, por quem és” – explicou-se
“Não me toques, porquanto
não te esperava aqui neste recanto,
e ainda não fui ao Pai revestir-me de luz...”
Maria, surpreendida,
indagou em seguida:
- “Senhor, onde estiveste?
Em que jardim celeste
Encontraste o descanso necessário,

Que vem de Deus, nos dons da paz completa?
Perdoa-me, Senhor, a pergunta indiscreta,
Dói-me, porém, pensar na angústia do Calvário,
Revolto-me, padeço, mas não venço
A mágoa de lembrar-te o sacrifício imenso”
Mas Jesus respondeu:
- “Não, Maria, não fui ainda ao Alto,
Nem me elevei sequer um palmo à luz do firmamento,

Quem ama não consegue achar o Céu de um salto...
Ao invés de subir aos Altos Resplendores,
Desci, mas desci muito aos reinos inferiores...
Despertando no túmulo, escutei
Os gritos da aflição de alguém que muito amei
E que muito amo ainda...
Embora visse Além, a Luz sempre mais linda,
Sentia nesse alguém um amado companheiro,

Em crises de tristeza e de loucura...
Fui à sombra abismal para a grande procura
E ao reencontra-lo amargurado e louco,
A ponto de não mais me conhecer,
Demorei-me a afaga-lo e, pouco a pouco,
Consegui que ele, enfim, pudesse adormecer...”
- “Senhor” – interrogou a Madalena
“Quem é o amigo que te fez descer,

Antes de procurar a luz do Pai?”
Mas Jesus replicou, em voz clara e serena:
- “Maria,
um amigo não esquece a dor de outro amigo que cai...

Antes de me altear à Celeste Alegria,
Ao sol do mesmo amor a Deus, em que te enlevas,
Vali-me, após a cruz, das grandes horas mudas,
E desci para as trevas,
A fim de aliviar a imensa dor de Judas”.


Coração e Vida - Chico Xavier - Espírito Maria Dolores