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sábado, 3 de dezembro de 2011

Só o amor...

   "Mas na união dos sexos, ao lado da lei material, comum a todos os seres vivos, há uma outra lei divina, imutável, como todas as leis de Deus, exclusivamente moral e que é a lei do amor. Deus quis que os seres estivessem unidos não somente pelos laços da carne, mas pelos da alma, a fim de que a afeição mútua dos esposos se transportasse para seus filhos, e que eles, fossem dois, a cuidá-los e fazê-los progredir." (ESE cap. XXII item 3).
   O único sentimento que resiste à ferrugem das lutas, dos problemas, dos atritos, das discussões, dos desentendimentos, dos desencontros é o amor.
Enquanto Temos Tempos - Forni

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Bonzinhos ou porcos-espinhos?

   No nosso estudo de hoje conversávamos sobre o tema Terra - planeta de provas e expiações e dentre as dúvidas que surgiram no decorrer do assunto, uma delas achei que seria interessante abordar aqui no blog.

   Trata-se da convivência com desafetos, conversávamos sobre quando a convivência começa a tornar-se muito difícil entre os seres, sejam eles, pais e filhos, irmãos, cônjuges ou qualquer outro grau de parentesco. E  falávamos sobre a submissão, quando um dos dois para não se incomodar simplesmente vai "aturando" o outro. E verificamos vários equívocos nessa postura: 

1º Aturar não é amar e convivemos para aprendermos a nos amarmos; 
2º Em certos casos o afastamento, o rompimento da relação é melhor para ambas as partes, para aquela que agride, pois ainda não encontra-se preparada para melhorar a convivência e para aquela que "atura" para que possa refazer suas energias, quando ambas estiverem preparadas a relação é retomada, seja nessa ou numa próxima encarnação;
3º A postura daquele que "atura" pode muitas vezes ser a vaidade disfarçada de resignação, pois o ser acaba sentindo-se superior ou outro, pois tem a paciência, faz o favor de aguentar  o outro, coloca-se sempre na posição de vítima do outro;
4º Aquele que "atura" está apenas acumulando mágoas, alimentando uma doença grave para  futuro, é comprovado que as mágoas que vamos guardando no espírito ao longo do tempo, os sentimentos represados, acabam por gerar naquele que os abriga doenças graves, como câncer.
5º Não estamos sendo bonzinhos quando aturamos o próximo, estamos nos maltratando e impedindo o outro de crescer.

Concluindo, em qualquer relação, é muito mais saudável, sentar e dialogar, colocar as diferenças em pratos limpos, e se a convivência estiver prejudicando alguma das partes é melhor que a separação ocorra, para que não suceda futuramente algo pior. Quando ambos estiverem maduros espiritualmente e preparados a reconciliação se dará com naturalidade e a chance será novamente dada para que o amor nasça entre os seres.

Está lá no Evangelho quando trata do assunto divórcio, e aqui entenda-se não somente o divórcio entre cônjuges, mas entre todos aqueles que tenham relacionamento seja de parentesco, de amizade, ou qualquer outro tipo, cap. XXII item 5: "o divórcio é uma lei humana que tem por fim separar legalmente o que está separado de fato; não é contrária à lei de Deus, uma vez que não reforma senão o que os homens fizeram e não é aplicável senão nos casos em que nãos e levou em conta a lei divina."
Separar aquilo que de fato já está, é porque a lei de amor não está sendo respeitada, não estamos procurando nos amarmos uns aos outros como Jesus nos amou.

No livro que estou lendo "Enquanto Temos Tempo" de Forni ele conta uma pequena fábula que encaixa-se perfeitamente a este assunto:
"Numa já remota era glacial, os porcos-espinhos sentiram-se ameaçados de destruição pelo frio que reinava em toda parte. Por instinto, uniram-se e conseguiram sobreviver em razão do calor que irradiavam. Não obstante, pelo fato de estarem muito próximos, uns dos outros, passaram a ferir-se mutuamente, provocando reações inesperadas, quais o afastamento de alguns deles. Como conseqüência da decisão, todos aqueles que se encontravam distantes passaram a morrer por falta de calor. Os sobreviventes, percebendo o que acontecia, reaproximaram-se, agora, porém, conhecedores dos cuidados que deveriam ter, a fim de não se magoarem reciprocamente."

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Terapia da Vassoura

   "Afirma André Luiz que um tipo comum de verdadeira infelicidade é dispor de tempo para acreditar-se infeliz! Ficamos a pensar se a depressão não encontrasse a brecha do tempo vazio, se ela faria o estrago  que faz a tantos milhares de pessoas. A depressão é o grito da consciência endividada que aflora em nossas vidas, se nos encontrássemos com as mãos no serviço ao próximo, teria ela a paciência de esperar o seu momento para causar todo o mau que causa?" Enquanto temos tempo - Forni

   Com todo o respeito que a depressão vista como uma doença possa merecer, concordo em gênero, número e grau com André Luiz.
   A depressão, a meu ver, é a doença da ociosidade, o remédio para qualquer tristeza, seja ela a dor da perda, dor de amor, ou seja lá o motivo que for, nada melhor do que ocupar o tempo para que ele passe, pois só ele é capaz de amenizar toda dor.
   Quem ocupa o tempo com as mãos tomadas pelo trabalho em favor do próximo, em favor de uma causa, ou até mesmo em favor de si mesmo, dificilmente terá tempo para ficar remoendo pequenas ou grande mágoas, pequenas ou grandes angústias causadoras da depressão.
   Sou fã dos livros do doutor Inácio ferreira e, como psiquiatra, a terapia que ele mais utiliza é a terapia da vassoura, o trabalho ocupa a mente e nobrece, recompõe o ser machucado pela dor, dá novo ânimo e sentido a vida. O trabalho no bem é a cura e a prevenção de todos os nossos males!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

A parte mais importante...

   A mãe chamou a filha para uma conversa informal e perguntou-lhe qual era a parte do corpo que ela achava mais importante. A jovem não titubeou:
   - Ora mamãe, a parte mais importante é o cérebro. Quando ele morre, a vida torna-se impossível. Não é isso que os médicos dizem na chamada morte encefálica?
   Diante da negativa da mãe a moça arriscou um outro palpite:
   - Bom, se não é o cérebro, então é o coração. Quando ele pára a vida termina. 
   Mais uma negativa e a filha citou várias partes do corpo que poderiam representar aquela de maior importância à qual a mãe queria se referir. estômago, intestino, pulmões, visão, voz, as mãos, as pernas, terminando por arrematar diante de cada negativa que da mãe recebia:
   - Então não sei. Deixe de fazer suspense e me diga logo porque estou ficando curiosa e nervosa.
   - Muito bem, minha filha, A parte mais importante do nosso corpo são os ombros.
   - Ora, mamãe! A senhora deve estar brincando. Os ombros!?
   - Exatamente. Os ombros.
   - Seria porque simbolicamente ele representa o local onde carregamos a nossa cruz?
   - Não, não é por isso.
   - Então por que é?
   - Os ombros, minha filha, é local onde podemos e devemos acolher a cabeça cansada do sofredor aflito do caminho, e sussurrar-lhe as palavras de carinho e consolo que tanto necessita. O ombro amigo é o local cuja importância só iremos conhecer quando dele tivermos necessidade. (Enquanto Temos Tempo - FORNI)

   Quem de nós nunca precisou de um ombro amigo? Todos já nos utilizamos deste bálsamo em algum momento de nossas vidas, num momento difícil nada melhor que um ombro amigo onde desabafar, onde encontrar carinho e compreensão. 
   Quem de nós nunca cedeu o ombro a um amigo num momento de angústia? É a caridade moral que ensinou o Mestre. Ter ouvidos de ouvir, ouvir aqueles que de nós precisam, dizer palavras de consolo e compreensão que amenizem a dor e sirvam de guia e caminho. A palavra de fé e de carinho no momento certo pode salvar uma vida.
  Em dias turbulentos como os que vivemos quantos, na solidão do caminho sem ter com quem dividir suas dores, não apelam para atos desesperados e sem retorno? 
  O ombro amigo é um ato de amor ao próximo, é fazer o o bem a quem necessita, e mais ainda a nós mesmos. 
   "O bem que praticares em algum lugar é teu advogado em toda parte". (Chico Xavier)

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Somente a nossa parte...

   André Luiz no livro Endereços de Paz, psicografia de Chico Xavier nos ensina que os vermes da terra pediram ao sol do entardecer lhes desse luz para determinadas evoluções durante a noite e o sol rogou ao pirilampo lhe tomasse o lugar. Continua ensinando ele que o rio observou que uma criança desmaiava de sede, não longe da corrente , mas sem podes desviar-se do próprio curso, solicitou à pequena concha da margem lhe levasse algumas gotas d´água . Vemos nesse pequeno trecho um magistral exemplo de como com boa vontade, as grandes tarefas podem ser continuadas em pequenas e importantes atitudes...
   Existem pessoas que na ingenuidade da sua infantilidade espiritual, pedem recursos financeiros ao mundo espiritual sob a alegação de terem recursos para amparar o próximo. Se isso fosse necessário o que teria feito jesus que nasceu numa estrebaria, que nunca teve um teto de sua propriedade ou um travesseiro onde repousar a cabeça? No entanto ele deu tudo o que possuia...
   Quando dentro de nosso lar somos o cônjuge que procura tolerar, que procura compreender para que a paz não se afaste, estamos fazendo o muito que podemos. Quando dentro do lar procuramos ser o filho que não dê dores de cabeça aos pais, estamos fazendo o muito que podemos. Quando no ambiente de nosso trabalho nos transformamos naquele que comenta o otimismo, estamos fazendo o muito que podemos. Quando diante da maledicência entregamo-nos ao silêncio, estamos fazendo o muito que podemos. Quando visitamos o enfermo no hospital ou em seu lar, estamos fazendo o muito que podemos. Quando nos dispomos a ouvir o velho esquecido no asilo em nossa visita fraterna, estamos fazendo o muito que podemos. Quando cumprimentamos alguém com um sorriso nos lábios, estamos fazendo o muito que podemos. Quando oramos por aqueles que não dispõe de um lar, pelos países envolvidos com a guerra, com a fome e com as enfermidades, estamos fazendo o muito que podemos.
   Deixemos o orgulho e a vaidade de lado e façamos a pequena parte que possamos fazer para que o mundo seja melhor. (Enquanto Temos Tempo - Forni)

   Precisamos fazer a nossa parte, somente a nossa parte, mesmo que pequena no nosso ponto de vista, pode ser grande para aquele que dela necessita...

domingo, 27 de novembro de 2011

Os Agentes do destino e o Livre-Arbítrio

   Ontem assistimos a um filme "Os Agentes do Destino" onde o personagem principal descobria a existência de uma equipe, coordenada por um ser denominado O Presidente, responsável por interferir em seu destino e de todos os humanos a fim de que o destino traçado para cada um fosse cumprido, para que não houvessem desvios de rota.
   Isso nos fez refletir sobre a imensa misericórdia do Pai que, apesar dos nossos inúmeros e persistentes erros, nos concede o livre-arbítrio para que possamos aprender com os erros e evoluir.
   Quando ainda no plano espiritual somos nós, auxiliados pela espiritualidade amiga, quem temos a responsabilidade de traçar o nosso destino escolhendo as provas e expiações pelas quais necessitamos passar rumo à evolução. Escolhemos sim, mas apenas o tema principal das provas, os detalhes e percalços ficarão por conta do ambiente, das circunstâncias e oportunidades.
   Podemos programar, combinar, acordar quais espíritos que conosco dividirão a vida terrestre, aqueles que encontraremos ao longo da jornada ou dentro do lar, seja com a finalidade do resgate das faltas passadas cometidas contra um ou outro ou por afinidade, para aprendermos a nos amarmos ou para amadurecer um amor já existente.
   E as interferências existem?
   Claro que sim, mas não da forma como mostrada na ficção acima citada. Elas podem ser benéficas, realizadas pela espiritualidade amiga com o intuito de nos auxiliar, mas estes apenas nos inspiram, nos intuem, sem jamais interferir diretamente, respeitando nosso livre arbítrio.
   Entretanto, as interferências negativas igualmente ocorrem, realizadas por inimigos de existências anteriores ou espíritos oportunistas ligados a nós por afinidade, por possuírem os mesmos vícios que nós. Contudo, estas interferências só poderão ocorrer com a nossa permissão seja ela consciente ou inconsciente. Dependerá da nossa sintonia a permissão para estas atuações nefastas.
   E os desvios de rota existem?
   O tempo todo, como dissemos não existem um destino previamente traçado em seus mínimos detalhes, como muitos de nós acreditamos, nós programamos o principal, os acessórios são consequências de nossas escolhas.
   E para cada desvio de rota, um plano B é traçado, e não necessariamente nos levará a rota inicial, mas a uma nova rota que nos trará igualmente experiências e conhecimentos.
   Cabe salientar, porém, que os compromissos assumidos com outros espíritos e não cumpridos, ficarão apenas temporariamente suspensos e deverão ser retomados numa próxima oportunidade, numa próxima existência.
   Imaginemos que se houvesse alguém interferindo o tempo todo para que não nos desviássemos da rota, não ocorreria o maior de todos os desvios que é a fuga através do suicídio.
   E se não houvesse um plano B a cada vez que uma de nossas decisões nos levasse a um desvio da rota, se não houvessem outras rotas, como ficaria o destino daqueles que estavam ligados ou se ligariam futuramente ao daquele infeliz que decidiu abortar a viagem? 
   Deus é a inteligência suprema capaz de permitir que pelo nosso livre-arbítrio modifiquemos o nosso destino.
   Nós somos os únicos responsáveis por nosso destino, nós traçamos, alteramos, mudamos a rota, construímos e reconstruímos o tempo todo, o que realmente importa é o objetivo final: a evolução. O caminho até ela é por nossa conta, alguns mais longos, outros mais curtos; alguns mais tranquilos, outros cheios de percalços. E tudo isso em função de nossas próprias escolhas.

  ” Embora ninguém possa voltar atrás e
fazer um novo começo, qualquer um pode
começar agora e fazer um novo fim “. Chico Xavier