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sexta-feira, 9 de abril de 2010

O Fardo



Do Livro "Segue-me" de Emmanuel psicografia do nosso querido Chico Xavier:


Quando a ilusão o fizer sentir o peso do próprio sofrimento, como sendo opressivo e injusto, recorde que você não segue sozinho no grande roteiro.

Cada qual tolera a carga que lhe pertence.

Fardos existem de todos os tamanhos e feitios.

A reponsabilidade do legislador.

A tortura do sacerdote.

A expectativa do coração materno.

A indigência do enfermo desamparado.

O pavor da criança sem ninguém.

As chagas do corpo abatido.

Aprenda a entender o serviço e a luta dos semelhantes, para que não te suponhas vítima ou herói, num campo onde todos somos irmãos uns dos outros, mutuamente identificados pelas mesmas dificuldades, pelas mesmas dores e pelos mesmos sonhos.

Suporta com valor, o fardo de tuas obrigações, valorosamente e caminha.

Do acervo de pedra bruta, nasce o ouro puro.

Do cascalho pesado, emerge o diamante.

Do fardo que transpoortamos de boa vontade, procedem as lições de que necessitamos para a vida maior.

Dirás, talvez impulsivamente: - "E o ímpio vitorioso, o mau coroado de respeito, e o gozador indiferente? Carregarão por ventura, alguma carga nos ombros?"

Responderemos, no entanto, que, provavelmente, viverão sob encargos mais pesadosque os nossos, de vez que a impunidade não existe.

Se o suor alaga-te a fronte, e se a lágrima visita-te o coração, é que a tua carga já se faz menos densa, convertendo-se, gradativamente, em luz para a tua ascensão.

Ainda que não possas marchar, livremente, com o teu fardo, avança com ele para frente, mesmo que seja um milímetro por dia...

Lembra-te do madeiro afrontoso que dobrou os ombros doridos do Mestre. Sob os braços duros no lenho infamante, jaziam ocultas asas divinas da ressureição para a divina imortalidade.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Nossa Casa Nosso Lar



Reportagem da revista RIE de março de 2010 de autoria de Édo Mariani




Um amigo muito estimado, usando o idioma italiano aprendido na convivência com os pais, disse-me certa vez em que trocávamos idéias sobre a família: "Casa mia, vita mia" (casa minha, vida minha)!


Concordamos perfeitamente com a definição do nosso amigo sobre a família. Nela está implicita muita sabedoria, pois é junto da família que vivemos o maior tempo de nossa vida.


Todavia, é sabido que há Casa e Lar, onde convivemos com os nossos familiares. A Casa nos resguarda das intempéries do tempo e o Lar nos proporciona motivos de aprendizado e convivência fraterna junto daqueles a quem amamos e que são o nosso próximo mais próximo.


Para a construção da nossa casa usamos uma série grande de materiais, como tijolo, pedra, areia, cimento, madeira e uma outra infinidade de itens dependendo do tipo de casa que se deseja construir. A casa pode ser simples ou rica de comodidades e até luxuosa, dependendo do poder aquisitivo do seu proprietário, mas tanto uma como a outra tem a mesma serventia, servir de moradia. Assim é a casa material.


Essa casa pode ser também um lar. Para tanto torna-se preciso outros materiais, mais difíceis de conquistar, muito mais valiosos. São muitos, mas podemos mencionar alguns, os mais importantes. Chamaremos eles de afeto, carinho, perdão, solidariedade, caridade, indulgência, tolerância, misericórdia, compreensão, alteridade e acima de todos eles o amor que abarca todos os demais.


Ensinam-nos os amigos espirituais superiores que o "Lar é o coração do organismo social"; "No Lar começa a nossa missão no mundo"; "O berço doméstico é a primeira escolae o primeiro templo da alma"; "O lar não é somente a moradia dos corpos, mas, acima de tudo, a residência das almas"; "A família é uma reunião espiritual no tempo, e, por isso mesmo, o lar´é um santuário".


Belíssimas definições de lar ditadas por espíritos amigos da humanidade, aqueles que já superaram os sentimentos chamados orgulho e egoísmo e são senhores dos sublimes ensinamentos ministrados por Jesus, a maior de todos os Mestres que por aqui passou.


Por aí deduzimos que os ensinamentos dos amigos espirituais são valiosos e merecedores da nossa atenção e análise para bem cumprirmos as tarefas programadas a desenvolver na presente existência. Assim torna-se necessário cuidados na constituição de um Lar e não apenas a contrução de uma Casa.


Se observarmos as contruções residenciais existentes nas grandes metrópoles ou pequenos lugarejos contataremos que poucas, bem poucas, se constituem de verdadeiros lares, onde os seus moradores se sintam num oásis de paz e alegria para se refazerem das forçlas físicas, mentais e espirituais depois de um dia de desgastes pelas lutas e dificuldades encontradas no desenvolvimento de suas atividades cotidianas.


É por falta de lares verdadeiros que a humanidade vem sofrendo com desequilíbrios comportamentais que levam à turbulência dos vícios que nos ensombram, gerando toda espécie de males que portamos na atualidade, os quais atingem especialmente jovens ainda imaturos.


Em O Livros doa Espíritos nas questões 166 a 170 os espíritos instrutores, inquiridos por Kardec, nos ensinam que a finalidade da reencarnação é a da expiação e melhoramento progressivo da humanidade; que em cada existência o Espírito dá um passo na estrada do progresso; que quando se despojar de todas as impurezas não mais necessitará das provas da vida corporal; que o número de reencarnações não é om mesmo para todos; que as reencarnações são semore numerosas , porque o progresso é quase infinito.


No livro já mencionado, nas questões 774 e 775, os espíritos nos ensinam que os laço sociais são necessários ao progresso e os de família tornam mais apertados os laços sociais; eis por que os laços de família são uma lei da natureza. Quis Deus, dessa forma, que os homens aprendessem a amar-se como irmãos e que o resultado do relaxamento dos laços de família seria uma recrudescência do egoísmo.


Para que a oportunidade da reencarnação seja bem aproveitada, em atendimento ao que nos ensinam os espíritos amigos, torna-se necessário a nossa atenção na constituição dos nossos lares. Que no âmbito doméstico sejamos unidos por laços de verdadeira amizade; que os pensamentos ali emitidos sejam equilibrados; que as palavras ali pronunciadas sejam de respeito e carinho com todos; as dificuldades sejam tratadas e resolvidas com diálogo fraterno entre todos.


Para que possamos constituir o verdadeiro Lar não esqueçamos de convidar Jesus para visitá-lo pelo menos uma vez por semana, no encontro da Família para o estudo do Espiritismo junto com o Evangelho de Jesus, num verdadeiro diálogo espírita em família.


O Espírito André Luiz, no livro "Os Mensageiros", psicografia do saudoso Chico xavier, ensina: "Toda vez que se ora num lat, prepara-se a melhoria do ambiente doméstico. Cada prece do coração constitui emissão eletromagnática de relativo poder. Por isso mesmo, o culto familiar do Evangelho não é tão só um curso de iluminação interior, mas também um processo avançado de defesa exterior, pelas claridades espirituais que acende em torno".


Assim procedendo estaremos preparando nossos filhos para os tenporais que irão encontrar no ambiente social que frequentarão. Assumindo responsabilidade com Jesus, sentir-se-ão fortificados e resguardados dos temporais morais que tem assolado a humanidade na atualidade difícil. os ensinamentos de Jesus e do espiritismo representarão o guarda-chuva protetor, a livrá-los das intempéries da vida.

Façamos de nossos lares uma trincheira de segurança para a sociedade do futuro e assim estaremos colaborando com o advento do mundo de regeneração de há muito anunciado pelas potestades espirituais. Colaboremos com a nossa parte!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

A Tecnologia e a sua Utilização



Reportagem do Jornal O Clarim de março de 2010 de Francisco Rebouças:

É evidente que a tecnologia, dos dias da atualidade, nos confere inúmeras opportunidades de evidenciar nossas disposições de servir ao bem ou ao mal, segundo nossas tendências e segundo nosso livre-arbítrio. São variados os recursos colocados ao nosso dispor pela tecnologia, onde pela internet podemos receber e enviar as novidades a todas as partes do mundo, em tempo real.

Convém, porém, que tenhamos muito cuidado e que a utilizemos com muita cautela no envio de nossas notícias para os irmãos que em qualquer parte do nosso planeta irá ter contato com essa mensagem por nós veiculada.

É conveniente que nos pautemos nos princípios cristãos, e que nossa palavra seja sempre rechada de mensagens portadoras de simplicidade, humildade, otimismo, meiguice e fraternidade, na intenção positiva de levar bom ânimo a quem dela tomar conhecimento, por mais triste e incrédulo que esteja o nosso irmão em vista das incontáveis notícias de acontecimentos deploráveis e condenáveis que infestam a mídia, diariamente, através dos diversos meios de comunicação.

Se nada de positivo temos para dizer, é hora de calar, pois o silêncio nessas circinstâncias é o maior melhor benefício que podemos ofertar no momento de turbulência, em que sentimos que nossa palavra não terá efeito positivo em vista da dor e da revolta reinantes no ambiente em que nos encontramos.

Nessa hora, o silêncio que faremos não representará nosso pouco caso com os acontecimentos que infelicitam os vários envolvidos; mais que isso, significará nosso respeito pela dor do nosso próximo e a oportunidade de buscarmos o contato com os Imortais da Vida Maior, e, em prece, nascida no imo do nosso ser, realizar o maior bem que se pode realizar em momento tão delicado que é o pedido de socorro à Espiritualidade Amiga.

Como nos alerta Madre Tereza de Calcutá, "não basta apenas fazer o bem, é preciso ser bom", e ser bom é não acender fósforo em barril de pólvora, procurando o equilíbrio de nossas ações em cada acontecimento em que tomarmos parte, procurando fazer bom uso dos recursos que Deus permitiu nos chegasse ao conhecimento e através da tecnologia espalhar a paz e a concórdia em volta de nossos passos, ajudando na implantação do evangelho de Jesus nos corações em desespero, estendendo mão amiga no restabelecimento da paz, da alegria e da harmonia entre as criaturas.

Que Jesus nos sustente em sua paz, hoje e sempre!

domingo, 4 de abril de 2010

Vida e Obra de Chico Xavier - Chico Amor Xavier - Cisco Xavier

Exposição realizada no Recanto de Luz no dia 03/04/2010.

Francisco Cândido Xavier nasceu no dia 02 de abril de 1910 em Pedro Leopoldo, Minas Gerais. Se ainda estivesse encarnado completaria esse mês 100 anos dessa existência.

Chico teve uma infância dura, quase miserável, cheia de dificuldades e trabalho. Com apenas 5 anos de idade perdeu a mãe. O pai distribuiu os filhos entre amigos e parentes. Chico foi morar com dona Rita, sua madrinha, pessoa geniosa que surrava o menino todos os dias.

Sempre que a madrinha saía, ele corria para o fundo do quintal para chorar. Ali, teve a primeira experiência mediúnica: ao ouvir um barulho vindo das bananeiras, olhou naquela direção e viu a mãe que pediu-lhe apenas para ter paciência.

Eufórico, Chico foi contar à madrinha que, certa de que ele mentia, aplicou-lhe uma surra e pediu ao padre que ajudasse a corrigir o mentiroso. Chico foi obrigado a rezar mil ave-Marias e, nas procissões, carregar sobre a cabeça uma pedra enorme.

Ele ficou com a madrinha somente por dois anos. Seu pai casou-se novamente e a madrasta, uma boa mulher, recolheu os filhos do primeiro casamento e acabou de criá-los.

Sofreu todo tipo de agressão e preconceitos nas mãos da família, padres e vizinhos que viam nas suas manifestações mediúnicas apenas ‘coisa do diabo’. Para entender o que acontecia consigo mesmo, passou a estudar os livros do espiritismo.

Seu primeiro contato com um centro espírita foi através de um casal amigo da família que auxiliou quando sua irmã com 17 anos vítima de uma obsessão foi internada. O casal levou a família de Chico ao centro espírita e sua irmã recuperou-se. A partir daí, reduziu-se a pressão da família sobre a mediunidade de Chico.

Em 1931 teve o primeiro contato com seu guia espiritual Emmanuel.

Em 1932, com apenas o primário completo publicou seu primeiro livro: “Parnaso de Além-Túmulo” com 56 poemas de 14 autores diferentes, todos desencarnados.

Em 1937 publica “Crônicas de Além-Túmulo”, atribuído a Humberto de Campos, escritor morto três anos antes. A família do escritor levou Chico à justiça exigindo pagamento dos direitos autorais e pedindo a especialistas que estudassem os textos. Porém a própria mãe do autor declarou: “O estilo é o mesmo do meu filho. Não tenho dúvidas.” Em 1944 foi dado veredicto favorável a Chico que pôde prosseguir seus trabalho, mas preferiu não usar mais o nome do autor.

Chico nunca se defendeu de nenhuma acusação, ele dizia que seu defensor era Jesus. “Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor...”

Em 1943, surge outra entidade que, junto a Emmanuel acompanhou Chico, sendo responsável por 15 livros 11 deles pertencentes à série “Nosso Lar”, que relata a vida no mundo espiritual. Essa entidade jamais revelou seu nome, sendo conhecido apenas como André Luiz.

A partir daí, Chico passa a ter uma atuação mais pessoal na assistência social, criando centros de ajuda às vítimas do pênfigo e de amparo a idosos e crianças abandonadas e a ex-presidiários. Antes, já doava toda a renda de seus livros à entidades espíritas e de caridade.

Chico nunca pediu, nem esperou, nem reclamou nada das autoridades, através de todos os que tinham compaixão auxiliava os doentes, os carentes, os desequilibrados e sofredores.

Em janeiro de 1959 mudou-se para Uberaba à procura de um clima mais saudável e condizente com seus vários problemas de saúde.

Na década de 70 houve a exibição de dois pinga-fogo, programas de entrevista com Chico, realizados pela TV Tupi, foi quando o povo pôde sentir a grandiosidade de sua alma.

Sua sinceridade deu credibilidade ao espiritismo, sendo um dos responsáveis pela solidificação da doutrina espírita no Brasil e no mundo com mais de 400 obras psicografadas e milhares de cartas que traziam consolo e conforto a inúmeras famílias.

Como médium, Chico tinha praticamente todos os tipos de mediunidade. Era médium 24 horas por dia, vivia entre os dois mundos.

Como ser humano, Chico era um homem simples, sempre em busca de conhecimento e paz. Afirmando sempre que ... o caminho passava pela humildade, o silêncio e a compreensão.

Sempre jovial, contava e gostava de ouvir causos. Era alegre. No dever era sério, silencioso, nunca faltou um dia ao trabalho. Era um espírito sábio que trazia muitos conhecimentos de vidas passadas.

Seus problemas de saúde não eram provações envolvendo resgate do passado, mas uma escolha pessoal. Os espíritos superiores, quando vêm à Terra, sempre pedem a companhia da dor, da dificuldade para não se desviarem de sua missão.

A grandeza de Chico não estava em seus dons mediúnicos, mas sim no que fazia deles. O seu mandato mediúnico, com disciplina e humildade, esclareceu, consolou, e orientou a vida das pessoas. Ele exerceu a verdadeira mediunidade com Jesus. Viveu tudo o que escreveu, caridade sem limites, o silêncio sobre o bem realizado, viveu o evangelho de Jesus. Foi fiel a Jesus e à doutrina

Exemplo da bondade personificada era chamado de Chico Amor Xavier. Porque sabia amar o amor que Jesus ensinou, o amor universal. Amor que emanava dele e envolvia a todos ao seu redor. “Amar sem esperar ser amado e sem aguardar recompensa alguma. Amar sempre.”

Certa vez foi procurado pelo jornalista Marcel Souto Maior que pretendia ‘desmascará-lo’, quando em sua presença, o jornalista não conseguiu emitir uma única palavra frente à grandeza do amor que emanava de Chico, apenas chorou. E mesmo não sendo espírita escreveu após isso a mais bela biografia de Chico Xavier que acaba de virar filme.

De outra vez, uma senhora retornou a Chico com uma mensagem escrita por ele reclamando que havia um erro em sua assinatura. Ele havia assinado Cisco Xavier. Chico esclareceu que não havia qualquer engano: “Eu represento aquilo que um pé de grama representa numa cancha de futebol. Um pé de grama desaparece, outro aparece. Eu me sinto como um cisco.” Um cisco diante da imensidão.

É impressionante a humildade desse espírito tão grandioso que se apequenou num corpo de carne para nos ensinar o amor, a caridade, a resignação, a fé. E nós que nos achamos tão grandes, na verdade, somos tão pequenos, infinitamente menores que um cisco. Infinitamente menores que um Chico amor Xavier, mas infinitamente gratos a Deus, a Jesus, a espiritualidade maior pela oportunidade de termos, um dia, recebido os ensinamentos de Chico, de seu exemplo de amor e vivência do evangelho, e peçamos a Deus, eternos pedintes que somos, que possamos um dia ser capazes de seguir seus passos.